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A importância dos torcedores em eventos esportivos: C. R. Flamengo


          O futebol está cercado de mística e possui o status de esporte nacional. Praticamente todos os brasileiros, com algumas exceções, têm seu time e torcem. No Rio de Janeiro, por exemplo, poucos são os cariocas que nunca tiveram no Maracanã. Mas como isso funciona para o jogador? Quais os impactos dos torcedores para os times dentro de campo? Vamos pensar isto a partir do exemplo da torcida do Flamengo.



          Todos sabem que a torcida influencia na performance dos jogadores de futebol. Porém o que a torcida do Flamengo apresentou no campeonato brasileiro de 2007 foi uma das maiores demonstrações de como uma torcida pode influenciar positivamente na perfor-mance neuromotora dos atletas de seu time de coração.
          O atleta que atua com a camisa rubro-negra já está acostumado a ver sua torcida com bons olhos. Desde criança o jogador aprende que há na sociedade brasileira a idéia de que o Flamengo possui a maior torcida e é o clube mais querido do Brasil. A maneira como o atleta encara o público, como o valoriza, como apreende suas críticas são fatores que podem alterar o desempenho do atleta em campo[1]. Logo, os jogadores do Flamengo a-prenderam a ver a torcida como mais um jogador em campo, usando-a a seu favor, fazendo dela a digna merecedora da Camisa 12.
          Todavia não é somente sobre o time da casa que a torcida imprime suas influên-cias. Uma torcida motivada com seu time pode muito bem gerar níveis tão altos de ansieda-de na equipe visitante que seus jogadores perdem qualidade na performance neuromotora. Estudos demonstram[2] que a presença de uma torcida hostil gera altos índices de ansiedade e terá repercussões no desempenho final do atleta. Significa dizer que a Camisa 12 rubro-negra não só ajuda seu time a conquistar vitórias como afeta a performance dos times ad-versários.
          Parabéns à torcida flamenguista e que esta nação continue perpetuando seu apoio ao time do Flamengo trazendo muitas alegrias que hão de vir.

[1] MACHADO, MIOTTO, PRESOTTO & SANTOS. O momento esportivo e a fonte de interferência externa: a torcida. In: BURITI, M.A. Psicologia do Esporte. Coleção Psicotemas. Campinas, SP: Alínea Editora. 2001.
[2] WEINBERG, R. Anxiety and motor performance. publicado em: Anxiety, Stress and Coping. Volume 2, Issue 4 May 1990.

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